Reflexões

O Doce Sorriso da Esperança

Certa vez eu me encontrava mergulhado em uma profunda e insegura reflexão, pensamentos confusos e questionamentos que apunhalavam a minha alma, no meu interior um lugar obscuro onde a incerteza e os passos bambos ofuscavam a minha linha de raciocínio, estava completamente frágil.
Olhando a escuridão deitado em minha cama, tomado por esse conflito e enclausurado na minha prisão imaginária, pedi a Deus uma resposta, adormeci, nos meus sonhos esse sentimento era alimentado eu fiquei em transi. Em alguns momentos eu tinha a capacidade de intervir no Espaço e Tempo, construindo um Futuro perfeito, assim como um pintor representa a sua realidade desejada através das cores e pinceladas. Mas rapidamente eu era tomado pela razão.
Em um dado momento, comecei a sentir outro tipo de sensação, meu corpo era sacudido, comecei a ouvir risadas repletas de inocência, felicidade, amor. Meu corpo adormecido começou a se recompor, aquelas interferências me trazia, com bastante zelo. Quando fui me aproximando, comecei a sentir que algo saltitava em cima de mim, porém não me fazia mal, pelo contrário era como se fosse um esfibrilador, um momento mágico eu estava ressurgindo.
Aos poucos comecei a abrir os olhos e a escuridão já havia se transformado em luz, com a visão completamente embaçada, vi a esperança sorrir para mim, em uma aparência completamente angelical e ela me chamava e me sacudia, e pulava. Meus sentidos começaram a ser estabelecer, minha alma foi sendo alimentada, comecei a sentir as batidas do meu coração, e a Esperança me chamava, chamava e chamava...
O som e os movimentos desenvolvidos por ela ecoavam e automaticamente entrava com uma injeção de ânimo em minhas veias, a função do relógio parecia não existir, tudo era muito bom e lento ao mesmo tempo.
Todas as minhas angústias se cessaram, quando comecei a ver a Esperança se materializar na minha frente, e ela me chamava, chamava... Aos poucos finalmente fui compreendendo como ela chamava...
Ela me chamava de Pai.
Vi a Esperança e ela era o meu filho, sem ele perceber estava sendo o principal responsável pela minha ressurreição.
Um abraço forte ele me deu e disse que me amava, não consegui falar, ainda estava ainda num intenso processo de recuperação. Meio sem entender o que estava acontecendo, fixei meus pés no chão, um ato involuntário e bastante simbólico, levantei, olhei para frente e caminhei, como diária os Racionais: Lavei o rosto nas águas sagradas da pia, estava me sentindo forte.
Estou completamente revigorado e aprendi uma grande lição, sou um ser que não sou dono de mim, meus pensamentos, atitudes e anseios, interferem diretamente na vida do outro. Portando não posso fraquejar me entregar, preciso caminhar e passar essa magnífica experiência adiante.
Muito obrigado Deus, muito obrigado meu filho. Papai te ama!

Jeferson Cora

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